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AS ALDEIAS MÁGICAS DE PORTUGAL

por Food and Travel Portugal
AS ALDEIAS MÁGICAS DE PORTUGAL

Paredes de xisto aqui, um rio que esconde praias secretas ali, ruelas sinuosas, aroma a fumeiro, enfim, tudo pode fazer parte dos cantos e recantos deste nosso país de contrastes.

Mergulhamos um pouco mais fundo para encontrar alguns lugares menos óbvios, onde uns dias de descanso podem transformar-se em passeios intermináveis e o contato com a natureza está presente em alojamentos nada confinados.

Museus a céu aberto? Pedacinhos de paraíso? Vidas paradas no tempo? Quantos serão os lugares-comuns capazes de entrar num artigo sobre aldeias de Portugal. Vamos ficar-nos pelo registo da mais pura realidade. Afinal, poder optar por praia ou montanha, interior ou litoral, toques modernos ou tradição pura, é um luxo acessível a quem vive no nosso país.

De norte a sul, da Madeira aos Açores, há milhares de opções, baseadas numa oferta valiosa de restauração, alojamento e simpatia, além do contacto com atmosferas mágicas, onde o tempo, há milhares de anos, deixou apenas suaves sinais.

Se precisa de um incentivo, deixamos aqui seis sugestões de viagens e passeios, a seis aldeias portuguesas, cada uma delas repleta de pequenos segredos encantados, ao alcance de quem estiver disposto a explorá-las. Falar do Soajo remete-nos de imediato para um conjunto único de 24 espigueiros de pedra instalados sobre uma enorme laje granítica com vista para o vale do rio Lima. Mas esta vila do Parque Peneda-Gerês tem muito mais para mostrar, sejam as antas da Serra do Soajo, associadas a rituais fúnebres de há mais de 5 mil anos, sejam as lagoas de água fria e cristalina, muito apreciadas no final de um dia de calor, mas sempre ideais como paisagem que limpa os olhos e a mente.

A partir de cal e xisto surge-nos a vila medieval alentejana de Monsaraz, por onde se pode entrar a pé a partir de uma das quatro portas abertas na cerca muralhada. Deslumbre-se com uma das vistas mais soberbas sobre o grande lago do Alqueva; visite a Igreja Matriz – construída sobre as ruínas de uma igreja gótica, destruída pela peste negra que assolou a região durante o reinado de D. João I; ou encante-se com a beleza do pequeno Museu do Fresco.

Em Monsanto, os penedos de granito surpreendem-nos pela forma como a aldeia se encaixou nas enormes pedras. Exibem nomes próprios como Pé Calvo ou Juntos e, em algumas horas de caminhada não muito intensa, em dois dias, consegue facilmente visitar-se os monumentos e explorar o castelo. Não saia sem trazer uma marafona – icónica boneca de trapo associada a uma lenda local.

Explorar Marvão faz-se sem pressa, ao longo da muralha do imponente Castelo e pelas ruas e travessas enviesadas, emolduradas por casas de uma porta e duas janelas. Obrigatória é a visita à vila romana da Ammaia, ainda em fase de escavações arqueológicas, mas onde já é possível ver o fórum, o templo e o complexo de termas. Casal de São Simão é uma aldeia de uma só rua. Os proprietários recuperaram as casas – na sua maioria com as próprias mãos – e agora recebem os turistas dispostos a deixar-se encantar por este pacato recanto em Figueiró dos Vinhos. A Ribeira de Alge, que corre no fundo do vale, tem uma das mais bonitas praias fluviais da região, entalada no fundo das Fragas de São Simão, outro lugar fascinante, onde os blocos gigantes de quartzo acentuam o ambiente agreste.

Mais a sul, no Algarve que não é o das praias cheias de verão, Alcoutim celebra o silêncio do Guadiana, junta serra e rio e torna-se no enquadramento fotográfico perfeito com o casario branco debruado a azul e amarelo. Os trilhos pedestres assinalam a riqueza arqueológica da região mas, se o tempo permitir, um passeio de barco pelo Guadiana a partir do Cais Velho deixar-nos-á gravadas para sempre as imagens deste tesouro paisagístico.

Artigo publicado na edição de outubro/novembro 2020.

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