Conheça as gentes do Tibete, cujos princípios de vida residem na riqueza da sua cultura, fé, hospitalidade e história. Todos os dias são razão para celebrar e estes habitantes ficam muito felizes quando partilham esse estado de espírito com os visitantes.
O Tibete não se parece com nada deste mundo. É uma terra misteriosa, situada sobre montanhas com neve e planícies repletas de iaques, a 4.500m acima do nível do mar. Apenas lagos turquesa, florestas, estupas antigas e bandeiras de oração coloridas marcam a paisagem, que tem vindo a cativar a imaginação dos viajantes desde que começaram a visitar esta região, no século XX.
Contrariamente à sua paisagem imponente e história atribulada, os tibetanos são um povo adaptativo e otimista, que encontra a felicidade nos pequenos prazeres da vida. Esta região está no centro da sua espiritualidade, onde o budismo permanece nos seus valores fundamentais. Quase um terço da população é constituído por monges, cujos ensinamentos cobrem todos os aspetos da vida, desde o folclore até ao artesanato esculpido, encontrado nas casas.
Tal como outras comunidades isoladas, os tibetanos estão intrinsecamente ligados à terra. Muitos ganham o pão a criar gado e a cultivar qingke, uma cevada que cresce dispersa. Outros, são carpinteiros e artesãos que usam materiais locais para criar vestuário e artesanato, como rodas de oração e missangas. Nas zonas mais rurais, o cenário é dominado pelos pastores nómadas e pelos cavaleiros.
Monge, Kham, Tibete Jovem no Horse Festival, Tagong, Tibete
A dieta tibetana deriva da sua despensa natural regional: carne de vaca, de carneiro e de iaque são as mais típicas, tal como os laticínios. Enquanto as fachadas brancas das casas tradicionais contrariam os seus interiores, um cumprimento caloroso acompanhado por um chá de manteiga e uma cerveja forte são sempre garantidos numa visita.
A cidade encantadora de Lhasa é conhecida como ‘o sítio dos deuses’ pelos habitantes locais e atrai peregrinos de toda a região. Vêm visitar o Templo de Jokhang (o mais famoso do país) e o Palácio de Potala (outrora a residência do Dalai Lama). Este também é o palco de vários festivais; o Sho Dun é imperdível. Esta celebração de dez dias foi criada no século XI e decorre no Palácio Norbulingka para celebrar a reemergência dos monges após um mês de retiro. Uma sinfonia de cores, thangkas (pinturas) gigantes, cantores e ópera e bailarinos altamente caracterizados, usando máscaras, fazem a magia do festival, enquanto a multidão partilha sobremesas e cerveja.
Viajando agora para o interior dos campos de Kham, conseguimos um olhar mais íntimo sobre os povos nómadas, que exibem as suas aptidões equestres e o seu estilo de vida simples, no Tagong Horse Festival. Corridas, desporto e dança são apresentados num cenário de tendas pintadas e montanhas majestosas. Todos os dias há uma celebração no Tibete.
Com esta paisagem tão deslumbrante e um povo tão caloroso, não admira que os viajantes queiram sempre cá voltar. Os retratos evocadores de Steve McCurry foram fotografados durante uma das suas visitas e apresentam algumas das pessoas reais que habitam esta terra hipnótica.
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